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Belém,06/06/2023

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Artista do Pará Moara Tupinambá trazem sua arte para a Avenida Paulista em uma das maiores exposições ao ar livre do mundo

Moara Tupinambá,do Pará, participam da 9ª edição da Exposição da Paulista

Fonte: Vicente Negrão Assessoria - Alisson Schafascheck
Artista do Pará Moara Tupinambá trazem sua arte para a Avenida Paulista em uma das maiores exposições ao ar livre do mundo Artista do Pará Moara Tupinambá / Divulgação

Seis jovens artistas de diferentes origens ocupam a Avenida Paulista com suas obras na nona edição da Exposição da Paulista, iniciativa da União Geral dos Trabalhadores – UGT, que em 2023 traz para a curadoria Baixo Ribeiro,  nome chave na consolidação da streetart no país e fundador da Galeria Choque Cultural, que pensa a arte unindo a rua e os artistas. O tema da de 2023 é Democracia, Paz e Trabalho, que justifica a opção por artistas mulheres.

O curador geral de toda a série, Fernando Costa Netto, da DOC Galeria, destaca: “Esse ano teremos, pela segunda vez em nove edições da Paulista, um curador convidado. Baixo Ribeiro é um cara que trabalhou muito bem a geração de artistas pós 1980 e que traz para a Paulista seis jovens de diferentes regiões do país para essa muito prazerosa missão.”



Fernando Costa Netto


A Exposição da Paulista ocupará  a avenida símbolo da cidade – que, além da vocação para negócios, é um espaço que congrega diversas instituições culturais. Esta edição conta com a participação de duas artistas do Norte do País.

Formada em design gráfico Moka Negreiros nasceu no Acre e atualmente reside em Macapá, Amapá, onde fundou e administra a Casa Viva, espaço para produção e fruição cultural e residência artística. Moka une bom humor e intensidade comunicativa na sua arte, baseada principalmente em mídias urbanas e digitais. Inspirada pelo ambiente da cidade de Macapá, a artista faz uso de estratégia gráfica inspirada nos quadrinhos e cartoons, criando contextos, ambientes e situações nos quais instala uma constelação de personagens que vão sendo retratados através de elementos gráficos marcantes, intenso uso da cor e narrativas específicas de cada personagem. No caso da artista, o contexto urbano se mostra propício para a proposição de questões de micropolítica, de gênero, raciais e de comportamento. Na Exposição da Paulista, Moka apresenta cinco painéis intitulados: MarabaixoPeconha açaizeiroNove de ourosRibeirinhos e Mulheres do meio do mundo. Nesses painéis, a artista ilustra a vida de trabalho e laser que acontece no meio urbano com forte influência da floresta, do qual a cidade de Macapá se localiza.




A paraense Moara Tupinambá , atualmente morando em Campinas, no interior do estado de São Paulo, continua viajando pelo Brasil e pelo mundo com o seu artivismo pela valorização das culturas originárias, fazendo parte do coletivo Mulheres Artistas Paraenses (MAR), sócia do Colabirinto, vice-presidente da associação multiétinica Wyka Kwara. Suas obras são criadas em um processo de construção de imagens a partir de colagens digitais, através das quais vai compondo figuras simbólicas, de modo a formar arranjos complexos. Através desse processo, a artista ressignifica as imagens de parentes indígenas, acrescentando-lhes um caráter totêmico, como na série de longa duração intitulada Mirasawá. Na Exposição da Paulista, Moara apresenta cinco painéis intitulados: MamãeVovóPrima LucileneCris e Deusa do Mairi. Nesses painéis, retrata ao seu modo, através da colagem de elementos simbólicos, algumas pessoas-entidades que foram responsáveis pela sua formação, seja pelos primeiros cuidados, pela educação cultural ou pela influência espiritual. Ao falar de cuidados, a artista fala das pessoas e também da Terra porque, como diz “na cosmologia indígena, o planeta está em plena conexão com todos os seres’.




Completam o elenco três artistas paulistanas: Catharina Suleiman, de origem libanesa; Erica Mizutani (aka Mizu), com descendência japonesa; e Soberana Ziza, mulher preta, nascida e crescida na Zona Norte da cidade. E, do Sul do País a gaúcha de Porto Alegre, Talita Hoffmann. Este universo de mulheres de ascendências diversas reflete o tema da exposição: Democracia, Paz e Trabalho, valores interdependentes e fundamentais para o bem-estar e progresso de uma sociedade.

“...convidei um grupo de artistas que representam o espírito de coletividade de que estamos falando: colaborativo e inclusivo. O desafio que eu coloquei para as artistas foi o de mostrar, através das imagens, a importância do cuidado com o mundo, com os outros, com a paz e com a democracia”, afirma Baixo Ribeiro. “Enquanto alguns saem para guerrear e conquistar, outros ficam cuidando de garantir alimento, saúde, educação e cultura para todos – ou seja, preservando a paz – através de trabalhos árduos e muitas vezes invisíveis, como os que aparecem nos painéis das artistas da Paulista: o costurar [Catharina Suleiman], o regar [Erica Mizutani], o plantar [da artista Moka], o lavar de Soberana Ziza, o tecer de Talita Hoffmann e o curar de Moara Tupinambá são exemplos de verbos importantes, que deveríamos valorizar mais e mais”, completa o curador.

Ricardo Patah, presidente da UGT, justifica a escolha do tema. “A Democracia é um sistema de governo em que o poder reside no povo. A Paz é fundamental para o desenvolvimento sustentável e a prosperidade. E o Trabalho é essencial para o desenvolvimento econômico, o bem-estar e o progresso social. Assim, unimos estes três pilares como tema de mais uma Exposição da Paulista, um presente da UGT para os trabalhadores de São Paulo”. Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato dos Padeiros e diretor da UGT, acrescenta: “Em uma sociedade democrática e pacífica, o trabalho deve ser justo e digno, garantindo salários adequados, condições seguras e saudáveis no ambiente de trabalho e proteção social, assim como a paz é importante para o crescimento econômico e a estabilidade política.”

Coordenada pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, a Exposição da Paulista, uma das maiores exposições ao ar livre do mundo, ocupará, de 7 a 31 de maioum quilômetro da ciclovia da principal artéria da cidade, a Avenida Paulista, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas, por onde passam 1,5 milhão de pessoas por dia.

Após oito edições – 30 Anos de Redemocratização do Brasil (2015); 100 Anos do Samba (2016); 17 Objetivos para Transformar o Mundo (2017); A Quarta Revolução Industrial (2018); DIREITO DO AVESSO | AVESSO DO DIREITO (2019); Liberdade e Democracia (2020); Feminino Plural (2021); Os 200 Anos da Independência e Nós, Trabalhadores – e, já consolidada, caminha para se tornar um evento oficial da cidade de São Paulo.

“A Exposição da Paulista 2023 tem a Paz como Princípio e traz a visão feminina como Base, oferecendo às empresas apoiadoras a arte como ferramenta de comunicação”, afirma André Guimarães, da Maná Produções, que idealizou o projeto.

Exposição da Paulista – Democracia, Paz e Trabalho tem o apoio da Prefeitura Municipal de São Paulo, Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo e da Câmara de Vereadores de São Paulo, através da vereadora Sandra Santana, e apoio da CPPU - Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, CET, Ilume e Subprefeitura da Sé.

 

Exposição da Paulista – Democracia, Paz e Trabalho

De 7 a 31 de maio

Ciclovia da Av. Paulista, da Rua Augusta à Al. Campinas

 

Realização: UGT – União Geral dos Trabalhadores

Coordenação Geral: André Guimarães - Maná Produções

Curador: Fernando Costa Netto

Curador convidado: Baixo Ribeiro

Coordenação de Produção: Tiago Sena - Maná Produções

Montagem e Infraestrutura: All Light

Artistas: Catharina Suleiman, Erica Mizutani (aka Mizu), Moara Negreiros (aka Moka), Moara Tupinambá, Soberana Ziza e Talita Hoffmann

 





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